Base Nacional Comum Curricular

Veja como foi o evento!

Base Nacional Comum Curricular – BNCC e sua aplicação” – Encontro para o Aprimoramento da Educação na região de São Carlos foi o tema do encontro que reuniu uma vasta plateia constituída majoritariamente por professores dos ensinos fundamental e médio, que exercem suas atividades nas escolas de São Carlos e região, bem como personalidades e autoridades ligadas à política local e educação, inseridas no EduSCAR, um projeto que visa melhorar o nível de ensino e de aprendizagem nas escolas públicas, consubstanciado em um estudo piloto que ocorrerá no município de São Carlos ao longo de seis anos, para que eventualmente possa ser aplicado em nível nacional.

O evento, que ocorreu no dia 04 de abril, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP), contou com as presenças de todos quantos fazem parte do citado projeto – CEPID e CPE da FAPESP, Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT’s), Diretoria de Ensino da Região de São Carlos, Secretaria Municipal de Educação do Município de São Carlos, além de muitos docentes e pesquisadores das duas grandes universidades sediadas na cidade de São Carlos – UFSCar e USP.

Profª Ghislaine Trigo

A Profª Ghislaine Trigo (coordenadora da última versão da BNCC) foi a palestrante convidada para este encontro, tendo apresentado os fundamentos pedagógicos da BNCC, desde a educação infantil até o ensino médio, com destaque para este último.

Para a palestrante “A base já foi aprovada e foi homologada pelo MEC, portanto, é um documento normativo, sendo que estou aqui para apresentar esse documento a todos”, tendo acrescentado à nossa reportagem que “Como todos os documentos, este também poderá ser aperfeiçoado. Contudo, ele é um instrumento que prevê a melhoria da qualidade das aprendizagens, como as dos alunos, da melhoria da qualidade do ensino na educação básica e, como tal, tem que ser encarado como um instrumento e não como algo que já está pronto”, argumentou.

Nomes como os dos cientistas Elson Longo (UFSCar), Tomaz Catunda (que representou o diretor do IFSC na abertura do evento), Glaucius Oliva, Leila Beltramini e Euclydes Marega Júnior, ambos do IFSC/USP, entre outros, e diversas personalidades, entre as quais destacamos a Profª Débora Gonzalez Costa Blanco, Dirigente Regional da Diretoria de Ensino da Região de São Carlos, Dr. Azuaite França, Vereador da Câmara Municipal de São Carlos e Orlando Mengatti Filho, Secretário de Educação do Município de São Carlos.

Dra. Wilma Barrionuevo (organização do evento), Prof. Elson Longo, Profª Débora Gonzalez Costa Blanco, Profª Ghislaine Trigo e Dr. Orlando Mengatti Filho

Antecedendo a palestra da Profª Ghislaine Trigo, coube ao Prof. Glaucius Oliva dar as boas vindas aos participantes do evento, na qualidade de representante da EduSCAR, tendo manifestado, no início de sua fala, a felicidade que sentia por ver o auditório completamente lotado por professores que, para o cientista “são verdadeiros heróis”, tendo salientado que a iniciativa nasceu através de grandes projetos de pesquisa que acontecem na cidade de São Carlos. “Nós estamos na conhecida “Capital da Tecnologia”, temos duas grandes universidades – USP e UFSCAR -, que são instituições que, além de darem educação, formação de alunos de graduação e pós-graduação em grande escala, têm também a missão de estender esse conhecimento para a comunidade. Muitos de nós coordenamos projetos de pesquisas de maior escala, através dos CEPID’s, que são Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão apoiados pela FAPESP, um órgão que desde há muitos anos atrás descobriu que era importante financiar projetos, não por um, dois, ou três anos, mas por períodos longos que podem passar dos dez anos, juntando pesquisadores de diferentes instituições, mas que estejam focados num determinado tema, numa determinada área de pesquisa”, sublinhou Oliva.

Prof. Glaucius Oliva

Enaltecendo os estudos e pesquisas desenvolvidas por largas dezenas de pesquisadores de São Carlos, como, por exemplo, os que se dedicam a materiais cerâmicos, computação matemática aplicada à indústria  e óptica e fotônica, entre muitos outros, Oliva enfatizou o fato de cada um deles ter um braço fundamental estendido para a educação e divulgação. “É nesse âmbito que pretendemos juntar os professores para integrar esforços; alunos separados aprendem bem, mas juntos sempre acabam tendo desempenho melhor. Foi assim que nasceu esta ideia de se fazer uma iniciativa que juntasse todas essas ações que hoje procuramos fazer dentro das universidades públicas, para, em conjunto com vocês, apoiando as atividades dos professores, podermos mobilizar a educação na cidade de São Carlos. Nós temos em São Carlos uma comunidade que diretamente gravita em torno das universidades – cerca de quarenta e cinco mil pessoas entre os alunos da Universidade Federal, que tem cerca de vinte mil alunos, e o Campus da USP, que tem cerca de dez mil alunos, acrescentando ainda a UNICEP, que tem cerca de cinco mil alunos, as duas unidades da EMBRAPA e outros institutos”, sublinhou Glaucius, tendo enfatizado que não existe educação superior, não existe capital da tecnologia, não existe uma sociedade mais justa e mais desenvolvida se não existir uma educação básica de qualidade. “A EduSCAR vem com esse objetivo de ajudar vocês, ajudar o professor, ajudar os alunos e ajudar os dirigentes da educação são-carlense para que se consiga avançar nessas avaliações”.

Em suma, a EduSCAR pretende engajar o contingente de cientistas que desenvolvem seu trabalho em São Carlos para que, em colaboração com os professores da rede pública de ensino, se levem atividades para dentro das escolas, gerando materiais didáticos para trazer a ciência para dentro da sala de aula de uma forma compreensível, sair dos muros da universidade e junto com os professores da rede pública atingir toda a população escolar da cidade.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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